Com o
intuito de contribuir com o fortalecimento da democracia do País, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), atendendo ao convite do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), lançou no último dia 6, a campanha “Voto Consciente – Eleições
2012”. Com esta iniciativa, a Igreja do Brasil pretende dar orientações aos
seus fiéis e a todos os cidadãos, firmadas na ética e na cidadania à luz do
Evangelho, para que assim, cada eleitor possa exercer seu direito ao voto de
forma livre e consciente.
A campanha
da CNBB tem a parceria do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da Arquidiocese de
Belo Horizonte, responsável pelo produção de vídeos intitulados “Voto na
cidade”. As reportagens discutem temas ligados ao processo eleitoral
brasileiro. Além disso, no link da campanha, disponível no www.cnbb.org.br, qualquer pessoa
pode fazer o download de spots para rádio e acessar um texto com indicações de
cinco modos de agir para que o voto consciente ajude a construir de fato a
cidadania.
“Assistimos,
infelizmente, a um forte desencanto da população em relação à política.
Contribuem para isso, mais que as inúmeras denúncias de corrupção e desvio de
conduta, a impunidade e a complacência com os culpados. A campanha que
lançamos neste momento quer contribuir exatamente para a recuperação da
política como a construção do bem comum, recolocando-a no patamar do qual
jamais deveria ter saído”, afirmou o Secretário Geral da CNBB,
dom Leonardo Steiner.
Na
encíclica Deus caritas est,
o papa Bento XVI lembra que “a Igreja não pode nem deve tomar nas suas
próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível.
Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve
ficar à margem na luta pela justiça”. ”São iniciativas cidadãs dessa
natureza que ajudarão a tornar as eleições limpas e a recuperar a política que,
do ponto de vista da ética. Solicitaremos às dioceses e paróquias a ampla
divulgação de todo este material que já está disponível no site da CNBB e que,
evidentemente, não se restringe ao uso das instituições católicas.”, disse dom
Steiner.