Os dias passam e a paisagem vai mudando, os homens a modificando a seu bel prazer. Olhando a beleza da Penha e do seu entorno, contemplamos tantas mudanças ao longo do tempo e, hoje, tudo vai mudando apressadamente: o passado dos antigos casarões vai ficando escondido e dando lugar a arranha-céus; as moradias já deram lugar às casas comerciais há muito tempo; e o povo no corre-corre enlouquecido e estressante dos dias atuais parece não saber onde vai, levado pelos ventos da modernidade, do progresso, da pressa e dos desmandos e indiferenças de seus representantes.
No cimo da Basílica da Penha, o brilho da cruz
ainda resplandecendo sobre a cidade do Recife
Também a Virgem da Penha, do alto de sua cúpula, olha ternamente a cidade
As torres sineiras no silêncio de um entardecer
A secular e bela Igreja de São José do Ribamar ficando escondida
atrás de prédios sem beleza alguma
À direita da foto, a secular Igreja de Santa Rita (antes a torre mais alta do espaço),
perdendo hoje para as absurdas torres gêmeas que transformaram
a bela geografia do antigo cais
em imposição do "progresso" e do poderio dos "grandes";
a história soterrada debaixo do hall de grandes edifícios.
A cruz resplandecente e as tores da Igreja de N. Sra. do Livramento
imersa entre edifícios
A Igreja de Santa Rita e os edifícios-caixão do antigo bairro de São José
A vocação de feira sempre foi algo forte no bairro de São José
O pátio da bela Penha tomado pelos feirantes e automóveis.
O descontrole é total. A vigilância é quase zero.
O lixo toma conta do centro.
Ruas e praças tomadas de mendicantes.
Os governantes já não sabem preservar a beleza
nem dar a dignidade merecida a seu povo.
É fácil passar o Natal fora do País, onde tudo é belo.
Pensar no Natal da gente que os elege... Estão fora.
Não bastam as luzes da cidade
se o povo está sem a luz da dignidade
e o centro histórico já não reflete a luz da beleza.
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