
Desde o século XI já se celebrava uma festa da conceição (concepção) de Maria, destacando o fato de sua mãe Ana ser estéril e pela bondade divina ter concebido uma filha, preservada do pecado por vontade de Deus. No ano de 1439 o Concílio de Basileia considerou este mistério como uma verdade de fé, e o papa Pio IX proclamou-o dogma em 08 de dezembro de1854, com a bula Ineffabilis Deus.
A concepção da Virgem Maria sem mancha ("mácula" em latim) do pecado original. O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus porque ela estava cheia de graça divina. Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV. A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como "cheia de graça"), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão. Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.
O tema da Imaculada Conceição é central no Advento, tempo em que o cristão se prepara para reviver o "mistério da redenção". a liturgia torna presente no meio da assembleia a força que preservou a Virgem do pecado.
Fontes Bíblicas: Na Ineffabilis Deus, o Papa Pio IX recorreu principalmente para a afirmação de Gênesis 3,15, onde Deus disse: "Eu Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela", assim, segundo esta profecia, seria necessário uma mulher sem pecado, para dar a luz à Cristo, que reconciliaria o homem com Deus. O verso "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti" (na Vulgata: "Tota pulchra es, amica mea, et macula non est in te"), no Cântico dos Cânticos (4,7) é usado para defender a Imaculada Conceição, outros versos incluem: "Também farão uma arca de madeira incorruptível; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura." (Êxodo 25,10-11); "Pode o puro [Jesus] vir dum ser impuro? Jamais!"(Jó 14:4) "Assim, fiz uma arca de madeira incorruptível, e alisei duas tábuas de pedra, como as primeiras; e subi ao monte com as duas tábuas na minha mão." (Deuteronômio 10,3). Outras traduções para a palavras incorruptível ("Setim" em hebraico) incluem "acácia", "indestrutível" e "duro" para descrever a madeira utilizada. Moisés usou essa madeira porque era considerada muito durável e "incorruptível". Maria é considerada a Arca da Nova da Aliança (Apocalipse 11,19) e, portanto, a Nova Arca seria igualmente "incorruptível" ou "imaculada".
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